Zoos aproveitam para ganhar fama com a deficiência visual de seus animais. 15/02/2011.
Depois do ursinho Knut, de Berlim, e do povo Paul, de Oberhausen que ficou famoso na Copa do Mundo, foi o marsupial vesgo chamado de Heidi que chamou a atenção da mídia e consequentemente do público. O zoológico de Leipzig, na Alemanha, fortaleceu sua imagem com o quesito animais “sensação”, embora tenham dito que a atenção que o animal recebeu foi “surpreendente e não planejada”, colocando no ar uma nova página sobre Heidi na internet.
O que estamos vendo é um grande marketing a base das deficiências visuais encontradas em animais selvagens. Será que esses animais não tem nada melhor para ser exaltado? Será que é a defíciencia que deve prevalecer? Esse tipo de mídia será correta? Concordo, se ocorrerem uma destinação dos lucros desse marketing para projetos conservacionistas. No caso do Zoológico de Leipzig, eles informaram que qualquer doação que receba será encaminhada para um projeto de proteção de rinocerontes na ilha de Bornéu.
Essa semana o zoológico de Delitzsch, também na Alemanha, ficou famoso no país por causa de um jaguarundi (Puma yagouaroundi), felino típico da América Latina e de ocorrência no Brasil, por ser vesgo. O animal, chamado de Frank, é uma tentativa do zoológico em chamar a atenção depois do sucesso do marsupial vesgo.
Começa então uma briga pelo sucesso da concorrência, são os zoológicos alemães tentando ganhar fama com suas “estrelas” deficientes.
No caso do Zoológico de Delitzch, a espécie em questão está ameaçada em vida livre com o desmatamento e fragmentação de seu habitat, causados principalmente pela agricultura. Quem sabe o felino Frank não consegue arrecadar fundos para projetos de conservação, há diversas pesquisadas sendo realizadas com os felinos brasileiros em vida livre, inclusive com a criação de áreas de preservação.
Fica aí nossa sugestão!
Para conhecer mais sobre os carnívoros brasileiros e os projetos de conservação: www.procarnivoros.org.br