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Mico Leão Dourado

População em vida livre aumenta em 8 vezes nos últimos anos. 27/nov/2012.

          O número de micos-leões-dourados aumentou oito vezes no Brasil, segundo levantamento realizado pelos especialistas. No último registro, foram contabilizados 1.700 exemplares da espécie nas matas do Rio de Janeiro, seu habitat natural.

         Há cerca de 20 anos, a população de micos-leões-dourados era reduzida a apenas 200 indivíduos. Na época, a espécie habitava os únicos 2% remanescentes da Mata Atlântica no litoral fluminense, e, por isso, o levantamento da União Internacional pela Conservação da Natureza considerou a espécie como “criticamente ameaçada de extinção”. Em 2003, o número de micos nestas áreas chegou a cerca de mil exemplares, sendo considerada apenas como “ameaçada”, pelo mesmo levantamento.

         O resgate dos micos aconteceu devido à mobilização da união das comunidades locais e das comunidades científicas, que adotaram medidas para a restauração da espécie: todos os dias, um grupo de voluntários entra na mata e verifica a rotina dos animais, desde a alimentação até a reprodução dos exemplares. Alguns micos são realocados em seu habitat natural, que cresceu com o programa de restauração da espécie: aumentou em 140% a área adequada para os bichos viverem. Hoje, há cerca de 10 mil hectares de áreas florestais na Mata Atlântica que oferecem as condições ideais para a vida dos micos.

         No entanto, o maior desafio para a preservação do mico-leão-dourado é o habitat ocupado pela espécie, que prefere regiões quentes e baixas, ao nível do mar. Sendo assim, é inegável que o animal sofra com a ação do homem, justamente pela proximidade com a zona urbana.

         O programa de restauração da espécie é coordenado pela Associação Mico-Leão-Dourado, que estabeleceu um acordo com moradores e proprietários de terra das regiões onde o animal vive. O esforço fez com que os habitantes concordassem em não desmatar a área e transformassem suas terras em Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPNs).

        Os exemplares contabilizados pelos pesquisadores foram encontrados em oito municípios do Rio de Janeiro: Araruama, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Rio Bonito, Rio das Ostras, Saquarema e Silva Jardim.


Foto: Jorge Araujo

 

Fonte: Envolverde
Foto capa: Hemera/ Thinkstock

 

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